ABSTRACT
OBJETIVO: Descrever a experiência de reanastomose tubária microcirúrgica com avaliação laparoscópica anteriorem 66 pacientes e rever as características clínicas, taxas de gravidez, recanalização tubária e fatores que influenciaram os resultados. MATERIAL E MÉTODOS: Entre janeiro de 1991 e julho de 2003, 66 pacientes foram avaliadas quanto à possibilidade de reversão de esterilização tubária prévia, na Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicinado ABC. RESULTADOS: Das 66 pacientes que foram submetidas à laparoscopia diagnóstica, 21 (31,81) tiveram areanastomose tubária contra-indicada, sendo os principais fatores desta contra-indicação: obstrução tubária cornual(23,8), aderências extensas (19) e hidrossalpinge (14,2). Das 45 pacientes restantes (68,18) a reanastomose foi realizada. Com uma média de idades de 37,86 (+ - 3,6) anos e com um intervalo de médio de tempo de 8,17 (+ -3,4) anos entre a salpingotripsia e sua reversão. A taxa de recanalização foi de 71,11 (32/45). Das 45 pacientes, 11 não voltaram ao ambulatório, concretizando uma taxa de 24,4 de perda de seguimento. Houve uma taxa de gravidez de 64,7 (22/34) sendo 8,82 de ectópicas. CONCLUSÃO: Tendo em vista os nossos resultados, a microcirurgia tubária a despeito dos progressos da fertilização assistida segue sendo a técnica de escolha para pacientes laqueadas